O manejo de cavalos é uma tarefa cheia de detalhes, vivências e também muitos palpites vindos de gerações. De pai para filho, no boca a boca, mitos viram quase regras em muitos haras pelo Brasil. Mas é preciso ter cuidado. O que parece simples pode esconder riscos para seu plantel e atrasar o crescimento do seu haras.
De acordo com o IBGE, o Brasil tem hoje cerca de 5,5 milhões de equinos, mostrando o peso dessa atividade rural no país (dados do IBGE). Então, entender o que é mito e o que é verdade se torna ainda mais necessário para todos os criadores.
Vou listar e contar um pouco sobre sete mitos que já vi circulando por aí e que, se seguidos ao pé da letra, realmente podem atrapalhar a rotina e a saúde dos cavalos do seu haras.
Mito 1: cavalos precisam de alimentação igual todos os dias
Já ouvi muitas vezes: “Meu cavalo é sempre alimentado igual, assim fica melhor”. Só que os equinos têm necessidades que mudam bastante. Um animal adulto em descanso precisa comer diferente de uma égua prenhe, que por sua vez se alimenta diferente de um potro crescendo.
- Animais atletas gastam mais energia e precisam de mais nutrientes.
- Idosos podem ter dificuldade em mastigar e digerir alimentos duros.
- Éguas gestantes têm necessidades aumentadas, principalmente no final da gestação.
Estudos como o trabalho da PUC Goiás apontam a importância do manejo alimentar adequado para o bem-estar e desenvolvimento do cavalo, destacando que a padronização pode ser prejudicial.
Ajustar a nutrição conforme a fase do animal é parte do cuidado diário.
Mito 2: só banho resolve todos os problemas de higiene
Muita gente acredita que banho diário basta para manter o animal limpo e saudável. Mas a higiene de um cavalo vai muito além disso:
- O ambiente deve estar sempre limpo: baias sem fezes acumuladas ou restos de ração.
- Materiais usados no manejo precisam ser higienizados também, como escovas.
- Higiene dos cascos é fundamental. Isso previne infecções sérias, que levam até à perda do animal.
Limpeza do local e dos equipamentos faz parte do dia a dia de um bom haras. Quando negligenciados, os problemas aparecem rápido, principalmente doenças fúngicas e bacterianas.
Banho ajuda, mas não faz milagre sozinho.
Mito 3: todos os cavalos são iguais no manejo
Achar que existe receita pronta para cuidar de todos os cavalos, independente da raça, idade ou tipo de uso, é uma armadilha comum entre criadores iniciantes.
O Instituto Nacional do Semiárido (INSA) apresenta uma lista grande de raças e ecótipos diferentes, cada qual com particularidades no manejo, sensibilidade ao clima e exigências nutricionais.
- Raças de tração precisam de manejo diferente das de exposição ou esporte.
- Há diferenças de temperamento, resistência e resposta ao treinamento.
- Até manejo sanitário pode variar entre linhas genéticas.
Cada cavalo é um universo diferente – isso nunca deve ser esquecido ao organizar seu haras.

Mito 4: ferrageamento só é preciso quando há problema no casco
Muitos pensam que só se deve chamar o ferrador quando aparece uma lesão ou o cavalo manca. Essa prática é perigosa e pode custar caro, tanto na performance quanto na saúde.
- O casqueamento e ferrageamento preventivo evitam uma série de doenças dolorosas.
- Casco bem tratado previne rachaduras, brocas, infecções e facilita o movimento.
- O intervalo entre as visitas do ferrador deve ser respeitado, normalmente de 30 a 45 dias.
Prevenção é sempre mais fácil do que remediar.
Mito 5: potros não precisam de manejo especial
Ouço às vezes frases como: “Deixa o potro crescer solto, depois cuida”. Mas os estudos mostram que o manejo correto dos potros é essencial desde cedo. Isso influencia não só o desenvolvimento físico, mas também o comportamento e docilidade.
- Potros devem ser observados constantemente: alimentação, dentes, cascos e vermifugação precisam ser acompanhados.
- Contato positivo com pessoas desde cedo facilita trabalho futuro e reduz acidentes.
- Problemas de má-formação óssea e articular podem ser prevenidos com nutrição e exercícios adequados.
Segundo pesquisa da Universidade Federal do Tocantins, a seleção e monitoramento técnicos de animais jovens aumentam as chances de produzir cavalos mais saudáveis e aptos para a atividade escolhida.
Mito 6: veterinário só precisa quando o cavalo está doente
Este é um erro bastante comum. Assim como para qualquer outro animal de produção, as visitas de rotina ajudam a manter o rebanho saudável e garantem prevenção contra doenças graves.
- Vacinação e exames periódicos previnem surpresas desagradáveis.
- Veterinário orienta sobre vermifugação, alimentação e controle sanitário.
- Problemas de dentes, comuns em equinos, muitas vezes só são percebidos por exame profissional.
O olhar do especialista faz diferença.
Aqui no projeto Seu haras, sempre reforçamos a importância de registrar, pelo WhatsApp, consultas agendadas, datas de vacinação e demais cuidados, mantendo tudo organizado para não se perder o controle.

Mito 7: tecnologia não combina com o dia a dia do haras
Tem quem pense que usar planilhas, aplicativos ou até WhatsApp tira a “essência” do trato rural. Só que, na prática, desperdiçar recursos por falta de organização é mais comum do que parece:
- Sem registros, é fácil perder datas de vacina, nascimento, ferrageamento e cobertura.
- Pode-se comprar ração a mais (ou de menos) e perder animais por simples esquecimento.
- Não documentar resultados impede que o criador aprenda e melhore a cada ciclo.
Usar ferramentas simples, como a assistente Seu haras, permite colher todos os benefícios da tecnologia sem perder o controle do seu rebanho. E, importante, são soluções que não exigem computador, login complicado ou coisas que só dão trabalho.
Controle e praticidade também cabem no bolso do vaqueiro moderno.
O próprio Ministério da Agricultura e Pecuária, em discussões recentes (veja as reuniões setoriais sobre equideocultura), já caminha para a padronização de protocolos e controle por meio da tecnologia.
Conclusão
O futuro da equideocultura começa na organização, evolução e busca por conhecimento. Deixar para trás mitos sobre o manejo e adotar práticas seguras pode transformar completamente o seu haras, trazendo mais saúde para os animais e menos dor de cabeça para quem cuida.
Com a praticidade da assistente Seu haras, o criador tem um aliado para fazer registros, agendar tarefas e não perder nenhuma etapa importante, direto no WhatsApp. Experimente levar seu manejo para o próximo nível:
Informação correta e organização garantem um haras de sucesso.Fique de olho, pesquise, questione os velhos hábitos e teste o Seu haras na sua rotina!
Perguntas frequentes
Quais são os mitos mais comuns sobre cavalos?
Os mitos mais comuns incluem acreditar que todos os cavalos podem ser manejados da mesma forma, que apenas banhos garantem a higiene, que veterinário só deve ser chamado em doenças, que ferrageamento só é necessário quando o animal apresenta problemas, que potros não precisam de manejo especial, que alimentação igual serve para todos e que tecnologia não tem lugar no haras.
Como identificar um mito sobre manejo de cavalos?
Geralmente, mitos são ideias antigas que se difundiram sem base técnica. Se a informação não tiver respaldo em estudos, for muito genérica, vier sempre no boca a boca, ou for desacreditada por veterinários e profissionais, há grande chance de ser mito. Buscar fontes confiáveis, como pesquisas acadêmicas e orientações de profissionais, é sempre o caminho mais seguro para desmascarar mitos.
Mitos sobre cavalos podem prejudicar meu haras?
Sim, muitos mitos levam a práticas ruins que prejudicam a saúde do animal, aumentam chances de doenças, acidentes e perdas financeiras. Segundo estudos da PUC Goiás, práticas inadequadas comprometem o bem-estar e podem diminuir a produtividade do haras.
Qual a melhor forma de cuidar de cavalos?
A melhor forma de cuidar de cavalos é baseada na observação diária, registro de informações, oferta de alimentação e manejo individualizado, acompanhamento veterinário regular e ambientes limpos. Adaptar-se à raça, idade e atividade de cada animal é fundamental para garantir bem-estar e resultados positivos.
Onde aprender manejo correto de cavalos?
O ideal é buscar cursos, publicações técnicas de universidades rurais, acompanhamento de profissionais do setor e informações confiáveis. Instituições de pesquisa e entidades governamentais disponibilizam materiais ricos, como o INSA e estudos universitários. Ferramentas como o Seu haras também podem ajudar no aprendizado prático, facilitando a rotina e organização.